Lançamentos dos novos projetos literários do Instituto Estadual Do Livro, incluindo o ebook e áudio livro Sabor que Conta (em que dei um apoio editorial) e a bela homenagem ao poeta Armindo Trevisan, ótimo participar dessa homenagem ao lado de autores e amigos.
sábado, setembro 07, 2013
OFICINA LITERÁRIA DO CRISTAL - RADAR TVE
Matéria do programa Radar sobre a Oficina Literária do Cristal que existe há 13 anos dentro do projeto Descentralização da Cultura. Em 2012 e 2013 ministrada por Diego Petrarca. Também a Biblioteca Comunitária do Cristal coordenada por Júnia Vieira.
quinta-feira, setembro 05, 2013
HAI-CÁBULOS NA REVISTA VOX
O livro Hai-Cábulos, de Diego Petrarca e Andreia Laimer lançado em dezembro de 2012 na Palavraria Livros e prefaciado por Laís Chaffe está na Revista Vox desse mês: http://ielrs.blogspot.com.br/p/revista-vox.html
DE DOIS EM DOIS - três pálpebras & raio x
Poemas inéditos da nova safra que seguem em fase de produção. Antes de ler, ouvir. Ouvir como forma de ler. Não ler se não gostar de ouvir. Ouvir com os olhos na página. Quando os poemas saírem pulicados (em livro, revista - aluns já foram - plaquete, adesivo ou outro suporte) será possível perceber que todos foram escritos em no máximo 12 versos. Por enquanto, apenas ouvir. Aos poucos, os poemas seguem apresentados aqui sempre DE DOIS EM DOIS. https://soundcloud.com/diegop-3
FALTA POESIA!
Clique de Andréia Laimer numa parede de esquina da Cidade Baixa, escrito a giz a singela e definitiva frase:
quarta-feira, setembro 04, 2013
LADODENTRO ENTREVISTA: ALICE RUIZ
Entrevista com Alice Ruiz. Temas fundamentais: haicai, canção, poesia. Sempre bom de se ler e ouvir. E pra falar sobre poesia tem que passar por ela. http://www.aliceruiz.mpbnet.com.br/index.html.
névoa na estrada
um trem para Praga
tarde cinza
toda azaleia
arde em rosa
Existe um tema central na poesia
de Alice Ruiz? ou todo tema cabe em sua poesia desde que lhe faça
sentido?
Quando se trata de haicai, o
tema é sempre a natureza, para seguir o modelo nipônico Quando
acontece um terceto sobre a natureza humana, prefiro chama-lo assim:
terceto. Na letra de música, onde tenho
também um compromisso de que seja poética, é mais comum que o
tema seja a natureza humana, com ênfase nos relacionamentos. Até porque é uma
forma de conversar mais de perto com o ouvinte, seduzi-lo de imediato. Já a poesia ela mesma, no sentido
ocidental, permite uma gama bem maior de temas e assuntos.
O haicai, gênero em que você contribui para qualificar e popularizar no Brasil, e que concentra boa parte da sua produção, como você analisa o interesse pelo gênero e seu poder de atração que desperta em leitores e autores?
Primeiro de tudo, o seu poder de
síntese, perfeito para um tempo sem tempo como o que vivemos. Além disso, devolve a natureza,
ou a imagem/lembrança dela, ao meio urbano.E o exercício principal do haicai
além da síntese, é não colocar a subjetividade, o "eu" do autor nos
versos. Nesse caso, sua leitura permite que nos sintamos mais integrados
ao todo e menos envolvidos, ainda que por um breve momento, com nossas
intermináveis e até enfadonhas questões pessoais.
As aproximações entre poesia e
canção não são mais novidade. Você, que escreve para o canto e para a página e
aproxima tão bem a poesia cantada e a poesia de livro (como o livro Poesia Pra
Tocar no Rádio) pode traçar outras informações sobre criação entre essas
duas áreas de atuação?
A letra, diferente do poema
para ser lido, pede métrica mais rígida, rimas mais frequentes, incidência
das tônicas e, principalmente, coloquialidade. Creio que essas são as
principais diferenças. Quanto às semelhanças, a letra pede tanta verdade,
elaboração e criação de linguagem, quanto o poema escrito.
Fale sobre a concepção e projeto do belo livro Hai Tropikais, desde o formato (cartão), projeto gráfico, até a parceria da autoria.
Não poderia, a concepção e
edição foi do Guilherme Mansur, poeta de Ouro Preto. Foi dele a iniciativa
de selecionar alguns haicais meus e do Paulo Leminski e publicá-los nesse
volume. Inclusive o título é dele. Nós a recebemos como um presente.
A poesia no mercado editorial é sempre complexa, na sua opinião a poesia deve cada vez mais sair do livro e ganhar outros suportes? você acha que isso pode gerar um número de leitores mais expressivo?
A poesia já migrou para
vários suportes. Na música, por exemplo, temos no Brasil a melhor canção
do mundo, provavelmente porque nossa canção conta com letras altamente
poéticas, além é claro, de compositores musicais inspiradíssimos. E a poesia mais sintética já está no
out-door, nos muros, nas camisetas, no vídeo texto, na holografia, na internet. Parece mesmo perfeita para as novas
tecnologias. E quanto mais suportes tivermos,
melhor será. Quem sabe até possa a vir alterar o
comportamento do mercado editorial. Ouço desde menina que a poesia
está morrendo, e a sinto e vejo cada vez mais viva.
Duas ou três dicas na hora de escrever o poema que Alice Ruiz considera fundamentais.
Creio que isso está
respondido na pergunta quatro. Verdade, elaboração de linguagem,
formas novas de dizer o já conhecido, mas também de dizer o novo. Familiaridade com a linguagem e para
isso ler muita poesia, teorias sobre poesia, e mesmo prosas que
acrescentem conhecimento e idéias poéticas. Universalidade, isto é, falar do
que é comum a (e sobre) um maior número de pessoas. Só que tudo isso é feito antes. Na hora de escrever o poema, o
ideal é já ter assimilado de tal forma esses fatores, para que o poema
nasça espontâneo. Para que a intenção de faze-lo não apareça.
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