segunda-feira, agosto 10, 2009

ENGENHOCA VERBAL





Esse poema, do poeta inglês W. H. Auden, são as questões cruciais da criação poética (e até mesmo, quem sabe, por que não, de toda poesia?). Isso que ele chama de "engenhoca verbal", é simplesmente o único recurso-ferramenta que os escribas tem para tais perguntas: a linguaviagem, para lembrar Haroldo.


Aqui está uma engenhoca verbal. Como funciona?
Quem habita esse poema?
Qual o seu ideal de vida e de lugar?
Com quem pensa falar?
O que esconde do leitor?
O que esconde de si mesmo?
Que lição quer me passar?

A Mão do Artista, W. H. Auden