Olha só que máximo o filme produzido pelo Instituto Moreira Salles e realizado pela Mira Filmes sobre os 109 anos do poeta Carlos Drummond de Andrade comemorados ontem, 31 de outubro. Só nomes de peso da nossa cultura lendo poemas do mestre. Para assistir o filme é só clicar abaixo. Basta uma câmera em frente a uma pessoa lendo um texto. Todo cinema se faz: cinepoesia/cinepoema, como já dizia Godard. Dica de Marina Person, que também aparece no filme, Confira:
terça-feira, novembro 01, 2011
FILME LEITURA SOBRE DRUMMOND
Olha só que máximo o filme produzido pelo Instituto Moreira Salles e realizado pela Mira Filmes sobre os 109 anos do poeta Carlos Drummond de Andrade comemorados ontem, 31 de outubro. Só nomes de peso da nossa cultura lendo poemas do mestre. Para assistir o filme é só clicar abaixo. Basta uma câmera em frente a uma pessoa lendo um texto. Todo cinema se faz: cinepoesia/cinepoema, como já dizia Godard. Dica de Marina Person, que também aparece no filme, Confira:
sábado, outubro 29, 2011
FEIRA DO LIVRO 2011
Na 57ª Feira do Livro de Porto Alegre, ano 2011: Oficina Literária Trânsito entre Gêneros , ministrada por Diego Petrarca , dias 4 e 5 de novembro, as 16:30 no CCCEV. E dia 13 de novembro, as 20:00 a leitura em homenagem aos 80 anos do poeta Ferreira Gullar, A Vida Não Basta, com Diego Petrarca, Andréia Laimer, Lorenzo Ribas e Guto Leite.
As intervenções do Bando Hoburaco, grupo que se formou nas oficinas do CCCEV ao longo do ano de 2010, serão distribuídas entre as datas da Feira, leitura e postal poético em eventos determinados. Além disso, a exposição fotográfica dos poetas do projeto Cidade Poema http://t.co/1Ufjy9Ql vai acontecer na Casa do Pensamento ao longo de toda Feira do Livro, assim como a exposição Código Coletivo (foto abaixo) http://bit.ly/rMwHwm organizada por Sandra Santos, estará no Memorial do Rio Grande do Sul também como parte da programação.
terça-feira, outubro 25, 2011
ENTREVISTA POÉTICA - CLÁUDIA TAJES
Nessa segunda feira, 24 de outubro, a 7ª edição de 2011 do evento Entrevista Poética, coordenado por Lorenzo Ribas e Diego Petrarca, na livraria Saraiva do Praia de Belas, recebeu a escritora Cláudia Tajes. Além da sua temática das relações modernas entre homens e mulheres, Cláudia comentou seu trabalho na TV como roteirista e adiantou que em 2014 vai estrear como novelista. A graça do seu texto perpassa também na conversa e em sua simpatia, pouco mais de hora de uma conversa leve e sorridente. Valeu Cláudia!
quinta-feira, outubro 20, 2011
O OCIDENTE
Criado pelo artista e desenhista Rafael Espíndola, o poema de Diego Petrarca, foi veiculado nos adesivos e em letreiros dentro do Projeto Cidade Poesia, em arte realizada por Guilherme Moojen. Rafael agora apresenta sua versão, simplesmente sensacional.
terça-feira, outubro 18, 2011
sábado, outubro 15, 2011
PROGRAMA PUTZPOESIA
É toda sexta feira, as 19:00, na Rádio Puztgrila: http://radioputzgrila.com.br/site/, Fernando Ramos, Diego Petrarca e Guto Leite, rock e poesia, leituras e canções, assuntos literários, convidados e informações sobre verso e prosa, palavra falada e cantada e muito som. É só entrar no site e conferir, a poesia cantada e falada nas ondas sonoras da web.
sexta-feira, outubro 14, 2011
HOBURACO NO PORTOPOESIA
O bando Hoburaco, grupo formado em 2010 no CCCEV dentro da oficina de criação ministrada por Diego Petrarca, integrou mais um evento literário em Porto Alegre, o Portopoesia 5. A apresentação do grupo mostrou a produção individual dos autores Paulo Ohar (foto), Mariah de Olivieri, Delma Gonçalves, Bernadette Saidelles e João Alberto Luiz, contando ainda com a participação de Domingos Sávio. Dênia Palmira, outra integrante do grupo, não estava presente. Hoburaco orientou a sessão de leituras, que prosseguiu com a participação de outros autores e o público em geral colaborando com leituras próprias. Hoburaco já integrou eventos como o Festipoa Literária 2011, Sarau com Ritmo, Homenagem a Drummond na CCMQ, entre outros, além do Portopoesia, o grupo prepara sua intervenção durante a Feira do Livro 2011.
sábado, outubro 08, 2011
LADODENTRO ENTREVISTA - CHICO AMARAL
Chico Amaral é um dos mais atuantes letristas da música popular brasileira. Praticamente é o quinto integranteda banda mineira Skank, sendo co-autor de grande parte do repertório do grupo. Parceiro também de Milton Nascimento, Ed Motta, Beto Guedes, Erasmo Carlos, Lô Borges, Totonho Villeroy, Affonsinho, entre outros. Como compositor foi gravado por diversos nomes da MPB, como Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Cidade Negra. Chico Amaral é saxofonista e ganhou o prêmio de melhor instrumentista do concurso BDMG para compositores de música instrumental, edição 2007. Como letrista, Chico Amaral torna-se poeta da canção e nos faz perceber que música e poesia serão sempre complementares. Os discos Livramento, de 2002 e Singular, de 2007, são trabalhos de Chico Amaral como letrista e instrumentista, mais afastados da linguagem pop presente nas canções com o Skank, deixando mais clara sua sofisticação musical. http://www.chicoamaral.com.br/
Como você perecebe a letra de música com um status de poesia?
Chico Amaral - Jack Kerouac notou a beleza das frases de Charlie Parker, tão longas e surpreendentes, dizia ele, como as frases de Proust. O que aproxima um pouco o jazz da poesia é essa presença da frase. John Coltrane cria padrões musicais tão novos no seu fraseado que remete à recriação do mundo alcançada pelos poetas. O mesmo sinto em relação a Miles Davis e Wayne Shorter, com sua extrema originalidade. São poetas, eu sempre penso. Coltrane e Parker seriam poetas - prosadores. Há, também, uma forte analogia do jazz, e de outros tipos de música, com a pintura. A frase, os sons, o timbre, criam linhas e cores no espaço que preenchem. O jazz é cheio disso, lembra às vezes o cubismo, outras o abstracionismo, como o free de Ornette Coleman. Charles Mingus tem uma composição que se chama Self-Portrait in Three Colours.
Você tem ou terá algum projeto de publicar um volume com poemas somente impressos?
Chico Amaral - Não. Tenho feito coisas com Leo Minax, um mineiro radicado em Madrid, que lembram a poesia dos livros. É importante lembrar que existe poesia sem o livro, como em Homero, por exemplo, ou Bob Dylan. Existe até poesia sem o poeta! “A canção cantada por si mesma”, como escreveu Carlos Drummond.
Fale sobre o início de sua atividade de letrista ofcial da banda Skank.
Chico Amaral - Comecei a tocar com Samuel Rosa em conjuntos anteriores ao Skank. Depois alguém lhe contou que eu era letrista. Uma das primeiras letras que escrevi pro Skank dizia: “desde que você me disse nem/saber quem foi John Coltrane/e Noel Rosa era alguém/que seus tios gostavam bem(...)”. Fizemos muita coisa juntos. Samuel é meu grande intérprete, com o Skank, claro.
Como se dá o seu processo de elaboração da letra/poemas a partir da canção?
Chico Amaral - Começa por ser uma idéia poética. Gosto das frases escritas na cidade. Talvez o ônibus seja até melhor que o livro, tenha mais urgência, menos comodidade. Se você não ler aquilo, nunca mais, de repente, poderá fazê-lo. Eu leio tudo pelo caminho, a cidade é um grande livro caótico. Gosto de encontrar nomes de lojas bem escolhidos, em bom português: a Cantina do Lucas, Casa da Farinha, A Favorita, etc. Outro dia imaginei um nome cômico-ridículo: “Joaquim Silvério, o Rei da Traíra”. Seria ótimo encontrar, no metrô, um poema de Gregório de Matos, por exemplo.
Quais suas influências na poesia? elas se confundem com as influências musicais?
Chico Amaral - Gosto de muita gente, de João Cabral de Melo Neto a Arnaldo Antunes. É importante lembrar também a quantidade de compositores que operaram com versos mais prosaicos, aparentemente, e de enorme beleza e precisão: Dorival Caymmi, Vinícius, Erasmo Carlos, Noel Rosa, Lamartine Babo. “Eu vou pra Maracangalha, eu vou/eu vou de chapéu de palha, eu vou”. Como afirmar que isso é menos poético? Caymmi é um dos meus ídolos, toco e canto suas músicas no violão, direto.
Existe, em sua percepção, algumas palavras ditas pela música instrumental, isto é, mesmo na música sem palavras as palavras insinuam-se?
Chico Amaral - Não sei. E olhe que meu ofício é colocar palavras nas melodias que os parceiros enviam. Gosto de música instrumental, sem palavras. Para além das transformações que a palavra consegue – e para Guimarães Rosa ela consegue o infinito – está o claro enigma da música. Não precisa de palavras.
A atenção voltada para a poesia da canção, seu-se muito a partir da atotude di Vínicius de Moraes, poeta de livro que começou a escrever letras e com isso inauguraou um novo estilo em sua poesia. Você se sente continuando esse legado aberto por Vinícius?
Chico Amaral - É, foi a partir de Vinícius, assim como foi a partir de Catulo da Paixão Cearense, de Orestes “Chão de Estrelas” Barbosa, de um monte de gente. Minha mulher me pede pra publicar um livro, mas de crônicas que eu escrevi no jornal em 2001/2002. Não sei. Livro com minhas letras não. Talvez uma miscelânea com textos e aquelas letras mais malucas que não servem pra ninguém.
A poesia Beat usou o jazz como inspiração poética. Você acredita numa escrita do improviso tal qual foi possível musicalmente no jazz?
Chico Amaral - O jazz recuperou a grande arte do improviso. Bach, Mozart, Beethoven, Chopin, todos foram exímios improvisadores. No Brasil, Pixinguinha improvisava com os 8 Batutas. E Jacob do Bandolim. O improviso é para os mestres. Por trás do improviso está uma vida de estudos e preparação. O improviso não se dá em dez minutos. Ele é a cristalização de dez anos! Quanto à letra, os improvisadores que a gente conhece são os repentistas e os rappers. Criam ali na hora, em cima do modo ou da batida. Noel às vezes parece ter a rapidez do improvisador, com versos escritos no guardanapo do bar.
sexta-feira, setembro 30, 2011
PUTZPOESIA NA PUTZGRILA
Dia 30 de setembro e 2011, estreou o programa PutzPoesia na rádio Putzgrila, com Diego Petrarca, Guto Leite e Fernando Ramos. No programa de estréia, poesia concreta e outros assuntos relacionado a música e poesia. Fique ligado, toda sexta, das 19:00 as 20:00 PutzPoesia na rádio Putzgrila, música, poesia e convidados nas ondas da web. Sempre ao vivo. É só acessar o site toda sexta feira, as 19:00. http://radioputzgrila.com.br/site/
quinta-feira, setembro 29, 2011
PORTOPOESIA 2011
Eis a programaçao do PortoPoesia 2011. Dia 15 e 16 de outubro, ocorre a oficina literária Dinâmica da Síntese - Poesia que Pergunta. ministrada por Diego Petrarca, numa das salas do Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo. O grupo Hoburaco estará também se apresentando com leituras no dia 12 de outubro.
terça-feira, setembro 27, 2011
ENTREVISTA POÉTICA COM VALESCA DE ASSIS
O evento Entrevista Poética da última terça feira, dia 27 de setembro, convidou a escritora Valesca de Assis para uma conversa sobre literatura e suas obras. Diego Petrarca e Lorenzo Ribas conduziram o bate papo por uma hora. Na plateia, escritores ilustres de Porto Alegre vieram prestigiar a autora. Valesca de Assis estreou na literatura em 1990 já conta com uma produção que inclui romances, novelas, livros infantis e crônicas. Seu livro mais recente é Um dia de gato, foi lançado em 2010. A conversa flui e destacou a inteligência e sensibilidade da escritora gaúcha.
terça-feira, setembro 20, 2011
LADODENTRO ENTREVISTA - HELOÍSA BUARQUE DE HOLLANDA
"Acho que hoje a poesia saltou do papel. Ela já estava pedindo isso há algum tempo, desde os poetas experimentais da década de 50 e agora, mais do que nunca, com a presença avassaladora da poesia na web. (...) A poesia circulando nas ruas, ao alcance de todos, divulgando e provocando novos sentidos do uso da palavra é a realização de um sonho de todos nós que confiamos no poder de transformação e no potencial de prazer da palavra poética".
A Doutora e Professora Heloisa Buarque de Hollanda, é uma das personalidades intelectuais mais atuantes na área da poesia nessas últimas décadas, confira essa entrevista inédita com ela.
Da produção poética dos anos 70, a chamada poesia marginal, o que pode ser destacado enquanto postura/conquista criativa para os dias de hoje?
Heloisa Buarque - Acho que a poesia marginal foi um momento muito especial, datado mesmo, com forte input do contexto de uma ditadura militar e da contracultura internacional. Mas o legado dessa poesia me parece bem aceso. Fiz no mês passado, junto com Chacal um grande evento chamado Poesia Toda no teatro do SESC, um retrato do que se faz em poesia hoje no Rio. Teve poesia digital, poesia visual, poesia sonora, poesia canônica, cordel e representantes da poesia dos anos 70,80, 90 e da geração 00. A minha surpresa foi ver que uma certa identidade nas gerações 90 e 00 com a atitude marginal especialmente no ecletismo de suas dicções e na irreverência com os padrões e formulas literárias. Mas o que me espantou mesmo é que o grande sucesso do evento foi a apresentação da sessão chamada “As Margens Plácidas” (uma ironia de Chacal com a atual faixa etária dos antigos jovens marginais rebeldes). Foi a sessão mais lotada e os aplausos foram intermináveis. O que deu uma perspectiva clara da importância histórica daquele momento para os poetas e para o leitor de poesia hoje.
Seu interesse e empenho em organizar uma antologia (memorável, diga-se) da produção daquele período, partiu de que modo?
Heloisa Buarque - Eu sempre trabalhei com a interseção cultura e política. E naquele momento chamado de “vazio cultural” no qual a livre expressão era pesadamente interditada. A poesia começou a produzir um publico jovem e a se destacar na cena cultural. Comecei a me interessar primeira por esse motivo, depois, durante a extensa pesquisa que fiz, identifiquei traços bem novos na linguagem, muito próxima à experiência vivida ou ouvida, no relacionamento do poeta com seu publico e com a própria poesia e nas formas originais de produção e distribuição dos livrinhos. Daí para a paixão e para uma tese de doutorado foi um passo.
Poetas como Ana Cristina Cesar (que você manteve um contato estreito) e Torquato Neto, tornaram-se símbolos daquela geração, hoje em dia são reverenciados enquanto artistas. No entanto, ao mesmo tempo existe também um culto a eles no sentido de um destino trágico. De que modo esse culto se confunde com a poesia deles?
Heloisa Buarque - Há sempre isso na história da poesia e da literatura ocidental. A tuberculose, a loucura, a estranheza do poeta que termina morrendo jovem, como se fosse um destino anunciado. Acho que especialmente no caso da Ana Cristina, o enorme interesse que a leitura de sua poesia tem hoje vem desse fato. Não está desmerecendo seu texto que mais do que ninguém louvei e aprecio. Mas vejo na sua fortuna critica a marca sempre presente da fascinação e / ou da busca das razões de sua morte precoce.
O despojamento de linguagem, a gíria, o coloquialismo, o poema piada, a brevidade, o anti academicismo, a poesia como experimento da vida, são elementos chave da literatura anos 70. O que existe além desses apontamentos enquanto marcas desse período?
Heloisa Buarque - Nesse momento me lembro de pelo menos duas coisas: uma a importância histórica e política do testemunho de uma geração sob a égide da censura e dos limites e paranóias que uma ditadura trouxe para o cotidiano dessa geração; o segundo é a experimentação no modo de produção (independente), de criação (o projeto gráfico antológico de alguns livros como, por exemplo Quampérios de Chacal) e distribuição (de mão em mão, em shows ou outros pontos informais de distribuição) editoriais. Esse segundo fator volta hoje como uma necessidade urgente do mercado diante dos e/readers e das novas formas de suporte para a leitura. O livro tem que ser repensado em sua distribuição e produção. Esse é o grande problema editorial do livro impresso hoje.
Heloisa Buarque é considerada porta voz da contracultura no Brasil, pelos estudos, livros, pelo trabalho de valorização desse período enquanto valor artístico. Em que medida a poesia (enquanto gênero) se destaca na chamada contracultura brasileira?
Heloisa Buarque - Como já mencionei nossa contracultura foi atípica na medida em que desenvolveu-se num contexto de restrição e censura. As manifestações ou as artes públicas eram muito vigiadas. A poesia e o teatro alternativo, fenômenos tradicionalmente fora do circuito do grande público, pegaram essa brecha e realmente se destacaram tendo um importância singular na história da nossa contracultura.
De certo modo, a cultura da periferia é o novo nicho criativo de produção cultural, levando em conta o seu foco de atenção nesse setor social?
Heloisa Buarque - (Não entendi bem essa pergunta, vou responder na intuição) Posso dizer que hoje a produção da periferia é meu grande objeto de estudo atualmente. E interessante ver inclusive alguma similitudes com os anos 70, a começar pelo nome como se auto intitula , principalmente em SP, onde é conhecida como “literatura marginal”. A esse respeito escrevi um artigo que foi publicado na Revista Boletim do Kaos produzida na periferia paulista e que também está no meu site (www.heloisabuarquedehollanda.com.br) chamado Marginais & Marginais
Heloisa Buarque - Acho que os poetas hoje estão usando a web como espaço preferencial da poesia independente. Alguns dão sorte e atraem a atenção de editores. Mas basicamente estão na web.
Site Oficial: http://www.heloisabuarquedehollanda.com.br/
CALIGRAFIA
Em sua série de poemas caligráficos, Arnaldo Antunes, que desenvolve essa prática desde o seu primeiro livro, praticamente todo caligráfico, OU E, de 1983, escreveu esse reproduzido abaixo, de 1998. A poesia do traço desenhando um sentido.
Poderia se dizer assim: "sol e lua siameses da letra L".
segunda-feira, setembro 19, 2011
segunda-feira, setembro 12, 2011
LADODENTRO ENTREVISTA - ADÉLIA PRADO
A partir de hoje, LADODENTRO ENTREVISTA.
Entrevistas inéditas com poetas brasileiros produzidas por Diego Petrarca. Uma série de entrevistas serão apresentadas aqui com nomes de peso da nossa poesia e alguns autores da prosa também. Algumas das entrevistas foram originalmente publicadas no blog do Poemas no Ônibus, entre 2010 e 2011, e a partir de agora estarão hospedadas aqui.
Entrevistas inéditas com poetas brasileiros produzidas por Diego Petrarca. Uma série de entrevistas serão apresentadas aqui com nomes de peso da nossa poesia e alguns autores da prosa também. Algumas das entrevistas foram originalmente publicadas no blog do Poemas no Ônibus, entre 2010 e 2011, e a partir de agora estarão hospedadas aqui.
Basicamente, poesia, criação, processo criativo, apontamentos preciosos sobre a arte da palavra em breves e concentradas entrevistas, com os mais importantes nomes que fizeram e ainda fazem a poesia em língua portuguesa ser uma arte maior aqui no Brasil.
Pra começar, Adélia Prado. A entrevista coincidiu com o lançamento do seu mais recente livro A duração do dia, Record - 2010.
Em sua opinião, a poesia está ligada mais ao gênero (forma) ou a linguagem (discurso)?
Em sua opinião, a poesia está ligada mais ao gênero (forma) ou a linguagem (discurso)?
Adélia Prado - Toda poesia verdadeira (assim como toda arte), seja qual for o gênero, nunca é discurso, é forma.
Existe propriamente uma marca do discurso feminino na literatura? ou essa distinção inexiste em sua visão de leitora e poeta.
Adélia Prado - Toda obra carrega as marcas de sua origem. Acho quase impossível uma mulher escrever sem denunciar no texto que se trata de uma mulher. Mas mulher ou homem têm que produzir literatura, forma, que transcende as categorias de gênero. Seria maçante demais lidar com literatura feminina e literatura masculina. A beleza é andrógina.
O período sem lançar um livro inédito de poesia foi uma vontade de desenvolver outros gêneros ou a poesia precisa de um tempo para respirar, ser concebida?
Adélia Prado - A poesia não vinha. Eu tinha poucos poemas inéditos que não davam um livro. Não há o que fazer. É só esperar. Esperei. Sempre vale a pena! Não se faz arte com esforço.
Como você percebe o fato da poesia estar impressa nas janelas dos ônibus? conforme nosso projeto aqui de Porto Alegre, no sentido da poesia transitar fora dos livros, como nas canções, na arte gráfica, etc...
Adélia Prado - Acho muito bom. É ótimo ver pessoas lendo poesia em qualquer lugar. Afinal é ela o escopo de toda arte.
Alguns autores que motivaram a matriz da sua linguagem poética.
Adélia Prado - A escola me deu Olavo Bilac, Castro Alves, Alphonsus de Guimarães, Jorge de Lima, Olegário Mariano, Coelho Neto, Martins Fontes, Julio Diniz, Cecília Meireles. Mais tarde descobri Manuel Bandeira, Murilo Mendes e o grande Drummond. Ia me esquecendo de Casimiro de Abreu que fez parte do grupo dos poetas do tempo de escola.
De que forma a religiosidade passou a ser um dos seus temas? ou essa abordagem foi fluindo naturalmente em seu trabalho?
Adélia Prado - Não tenho a religião como tema. Faz parte da minha estrutura vital e só por isso pode fluir não apenas no que escrevo, mas no que penso, desejo e faço. E como só podemos falar do que experimentamos, ainda que sob a forma de desejo, acho que se justifica sua presença na poesia e na prosa que tenho a alegria de fazer.
A poesia deve fazer parte da cesta básica?
Adélia Prado - Sem poesia, sem beleza, sem humanização, não há cesta básica que alimente um homem.
segunda-feira, setembro 05, 2011
RITUAL
O poema Ritual dos Pés, de Diego Petrarca, saiu hoje em Zero Hora estreando o novo layout da página da coluna do Almanaque Gaúcho que, após um longo e produitvo período coordenado por Olyr Zavaschi, agora está nas mãos de Ricardo Chaves, o Kadão.
A coluna sempre foi a penúltima página do jornal ZH, e começou com o jornalista Antônio Goulart no fim dos anos 90. Entre outras informações, a coluna do Almanaque resgatou a publicação de poesia nos veículos impressos, alternando autores, canônicos, poetas locais e colaborações de leitores. Vida longa pro Almanaque, sempre destilando a poesia cotidianamente.
terça-feira, agosto 23, 2011
ENTREVISTA POÉTICA COM PAULO SEBEN
Dia 22 de agosto, Paulo Seben foi o convidado do evento Entrevista Poética, na livraria Saraiva. O poeta e professor conversou com Lorenzo Ribas e Diego Petrarca por mais de hora sobre criação, poesia, literatura e outras mumunhas mais sobre o ofício do autor e professor, tendo sempre a literatura como foco.
Paulo Seben, em suas respostas dedicadas, recheadas de informação e sabedoria, abordou seu trabalho poético e universitário, oficinas de criação e suas adaptações de clássicos da literatura, em que sua marca prevalece. Do mesmo modo, sua linguagem forte e despojada foram destacadas na leitura de poemas do seu livro Poemas Podres, de 2004.
quinta-feira, agosto 18, 2011
quinta-feira, agosto 11, 2011
POESIA QUE PERGUNTA
Novo módulo da Oficina Literária no Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo.
De 17 de agosto a 23 de novembro de 2011. 12 encontros, toda quarta feira, das 18:00 as 20:00 horas.
DINÂMICA DA SÍNTESE - POESIA QUE PERGUNTA
O objetivo é trabalhar escrita e leitura de textos breves, em verso, cuja estrtura se estabeleça através de poemas-perguntas que, além de propor um diálogo com o leitor, não conta com respostas objetivas, pois a 'dinâmica' do texto é justamente lançar interrogações poéticas que revelam um novo e criativo sentido com a linguagem. Além disso, vamos trabalhar exercícios criativos que sugira uma comunicação com o leitor e possa ser lido como uma conversa.
A função interrogativa do texto, numa abordagem poética, será produzida através da aglutinação (síntese) de efeitos inventivos das perguntas, condensando significados e estabelecendo com o leitor esse diálogo em que a pergunta é lançada não para gerar uma resposta, mas para tornar o olhar livre através das representações curiosas e criativas que os textos vão criar.
A síntese, portanto, será a forma utilizada na construção desses poemas perguntas, o cuidado em deixar apenas o essencial, será trabalhado no objetivo de que as perguntas transmitam apenas o que o máximo de síntese puder permitir. Outros textos de outros gêneros vão servir como matéria prima para a elaboração dos poemas perguntas, no objetivo de desenvolver um processo interpretativo, captando o que há de essencial no texto apresentado, que transformará o texto lido numa peça textual original.
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