terça-feira, novembro 22, 2005

VENENO ANTIMONOTONIA


O que será que que João Cabral e Cazuza tem em comum? ou Ferreira Gullar e Adriana Calcanhotto? Murilo Mendes e Caetano Veloso? Manuel Bandeira e Aldir Blanc. Pois aos olhos do poeta e oganizador da antologia Veneno Antimonotonia, esses nomes tem em comum a poesia. E eu endosso. Há muito se sabe que a poesia migrou das páginas dos livros para as rádios, para a canção, para um público de massa que ouve poemas pelas ondas sonoras. A poesia da canção é poesia tanto quanto a poesia do papel. Essa antologia parece reafirmar essa certeza e reúne poetas para um único objetivo: a escrita contra o tédio. O verso de Cazuza dá título ao material. Todos poetas querem bradar contra o tédio e esse foi o critério do organizador, poemas que expresssassem uma aversão ou uma resposta ao tédio. Os melhores poemas e canções contra o tédio. Nessa obra Drummond convive com Chico Buarque que convive com Murilo Mendes que convive com Armando Freitas Filho. Uma seleção de se admirar e se alegrar, naturalmente.

E como dizia Bandeira: Eu tomo alegria!