sexta-feira, abril 04, 2014

DISCOTECA CAETÂNICA


3 TRANSQUADRAS


Da série que está nascendo já em larga escala, as Transquadras. Três deles foram publicadas na última quinta feira em  ZH, no espaço dedicado, entre outras coisas, a poesia nossa de cada dia. 



terça-feira, março 18, 2014

LADODENTRO ENTREVISTA - FABRÍCIO CORSALETTI

O escritor e poeta Fabrício Corsaletti gentilmente respondeu, e rápido, algumas perguntas sobre seu mais recente trabalho: Quadras Paulistanas, lançado ano passado pela Companhia das Letras. O livro já foi tema de uma das postagens deste blog e recupera de forma criativa o formato quadra, misturando crônica e poesia destacando aspectos cotidianos da cidade de São Paulo. O olhar do autor está atento a cada detalhe de Sampa, vê-se que o Corsaletti é íntimo da megalópole. Nessa conversa, o autor comenta mais sobre seu projeto mais recente e o processo de elaboração da obra. Confere aí.



O que motivou o formato do poema em quadra para compor a série do livro?
Minha coluna quinzenal na revista "São Paulo", do jornal folha de São Paulo. Com a brevidade das quadras, descobri que poderia tratar de muitos assuntos, assuntos sobre os quais talvez eu não tivesse mais do que 4 linhas pra falar.

No seu ponto de vista, além do aspecto sonoro e da brevidade, quais outros aspectos da quadra são propícios a uma função poética de linguagem?
A rima é algo que me atrai. E ela se sobressai, ganha uma força enorme na quadra.

Você concorda que a quadra é um modo de aproximar a poesia do leitor comum? (até pelo histórico popular da tradição da forma) e também pela estrutura lúdica, sonora, com um apelo comunicativo, a ponto do poema/quadra soar próximo a um slogan publicitário?  
Sim. Mas não vejo a quadra tão próxima do slogan publicitário. Penso que tem mais a ver com a infância das pessoas, com o batatinha quando nasce e coisas assim. 

Em Quadras Paulistanas o cotidiano é um tema relevante, do mesmo esse tema é recorrente em sua poesia de um modo geral. Quais outras marcas da sua poética estão presente também em Quadras Paulistanas?
Não sei. Não me preocupo com isso. E acho que um artista não deve avaliar o próprio trabalho. Essa é a tarefa do leitor, do crítico.

Existe alguns teóricos que lhe comparam a poesia moderna a partir das propostas de 1922, a concisão, o coloquialidade, o humor, típicos de Oswald de Andrade ou aos primeiros livros de Drummond, você concorda que suas Quadras são influenciados por esses exemplos? 
Sim. Sempre acreditei que eu não teria escrito um único verso na vida se não tivesse lido os poetas modernos brasileiros.

 Em sua poesia não é comum a utilização exagerada de metáforas ou um rebuscamento de linguagem, se dá mais através do efeito, nesse sentido é como se fosse uma prosa distribuída habilidosamente em versos? ou seja, você evita o "poema" para fazer sua poesia?
Sim e não. Leio muita prosa e imagino que minha escrita seja influenciada por ela. Desde os 25 anos eu próprio escrevo prosa - tenho um livro de contos, uma novela, crônicas. Quanto à minha poesia... sei que tenho usado poucas metáforas, mas a verdade é que não penso mais nesses termos. Só quero saber se a imagem funciona, e essa imagem pode ser uma descrição, uma narrativa, uma comparação, uma metáfora etc. o nome não importa. Não gosto quando a metáfora se torna um ornamento, uma sobra. É a velha frase do Hemingway: "prosa é arquitetura, não decoração de interiores". Poesia pra mim também é isso.

Alguns autores dos quais você não consegue se livrar, mesmo que você disfarce, e sempre acabam conversando com seus textos. E alguns poetas da canção te dizem tanto quanto os poetas livrescos.
Eu não disfarço nada. Aceito minhas influências, minhas obsessões. Sou grato aos poetas modernos brasileiros, aos poetas compositores brasileiros, a Bob Dylan, aos prosadores norte-americanos (Hemingway, Faulkner, Fitzgerald, Carver, Salinger), a Rubem Braga, a Rimbaud, a Apollinaire etc. sem eles, eu não faria nada ou faria muito pior. Não penso neles quando vou escrever, mas sei que um ou outro sempre aparece nos meus textos. E está tudo bem. A criação não é pura. A pureza não é algo deste mundo.

 Não é de hoje, sua geração já trabalha tendo a internet como veiculação da obra. Você sugere que os autores novos antes de chegar ao livro devam circular na internet? até como um modo de perder o ineditismo? isso é válido, uma vez que a internet é um "vento onde tudo cabe".
A internet é maravilhosa nesse sentido. Não sugiro nada aos jovens autores porque acredito que cada um tem que encontrar seu caminho. A internet pode ser um deles - sei que é para muitos.

Uma de suas marcas é a abordagem da memória como um modo de resgatar uma outra identidade, ou reinventar a memória com sensibilidade lírica do presente. Isso foi uma decisão planejada ou poemas foram nascendo assim?
Foram nascendo assim.

Em suas práticas de oficina literária, o que costuma repassar aos alunos?
 De poesia, dei apenas duas oficinas. Li com os alunos poemas que me agradavam e mostrei a eles por quê. Depois cada um escrevia o que quisesse e discutíamos os textos produzidos. Fico um pouco tímido em oficinas de poesia. É como se estivesse esquartejando minha mãe em público. Mas nas de prosa me sinto à vontade. Tenho muitas aulas preparadas sobre aspectos da linguagem que me interessam, como precisão, descrição, estranhamento, e outras em que analiso contos de autores que admiro lendo-os junto com os alunos. 



sábado, março 08, 2014

QUADRAS PAULISTANAS

Em 2013 o escritor e poeta Fabrício Corsaletti lançou pela Companhia das Letras o livro Quadras Paulistanas, uma reunião dos poemas em 4 versos publicados originalmente na Revista da Folha, em que o autor manteve uma coluna semanal durante 3 anos. O livro conta com um diálogo entre palavra e imagem com a contribuição do artista Andrés Sandoval, que ilustrou as quadras de acordo com o enunciado dos poemas além de sugerir um acabamento gráfico diferente para a edição. 

O autor não privilegia o poema no trabalho com a linguagem, ou melhor, privilegia de outro modo, trabalhando aspectos do registro do cotidiano numa linguagem simples, com vocabulário básico, mas acertando em achados de som e sentido que aguçam o interesse pela leitura, ora tendendo para uma narrativa, ora para uma bela crônica poética. Quadras Paulistanas recupera a forma de quadra fazendo um  texto breve com as surpresas semânticas nas dobras de cada frase. A poética paulistana encravada no cotidiano da cidade promovendo uma aproximação entre poesia e crônica, entre poesia e reportagem, entre poesia e imagem das ruas. É um modo criativo de conhecer Sampa e o livro serve também como um guia turístico anticlchê nesse retrato subjetivo em que o autor se propõe sobre a megalópole. Vibrei com a proposta e com a leitura.







sexta-feira, março 07, 2014

LADODENTRO ENTREVISTA - AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA

Entrevista com o poeta e escritor Affonso Romano de Sant'anna. Entre suas inúmeras contribuições para a Literatura Brasileira, especialista em Drummond e com vasta bibliografia literária. Affonso reflete um pouco sobre poesia e outros diálogos literários com o gênero. Uma das dicas que o autor sugere é seu excelente livro que aborda a canção brasileira e a poesia moderna e todas as relações pertinentes entre elas: Música Popular Moderna e Poesia Brasileira, lançado em 1976 e relançado em 2013 pela Editora Nova Alexandria.  

O encontro insólito de duas sílabas ou palavras pode produzir uma explosão incalculável de sentimentos.


Em que medida a atividade de jornalista alimentou seu conteúdo poético?

Comecei a escrever em jornal acho que aos 16 anos, portanto,sempre me foi natural o elo entre jornal e literatura. Além do mais, nos anos 60 fiz um livro chamado" Jornal de Poesia"( que nunca publiquei) só com poemas feitos sobre fatos da imprensa. Jornal tem de tudo, poesia, drama, comedia, tragédia, humor,enfim é uma síntese da vida. E como cronista participo digerindo isto.

 Carlos Drummond de Andrade é uma de suas especialidades (defesa de doutorado), em As Impurezas do Branco, de 1973, Drummond arrisca uma poesia próxima da crônica e algumas tentativas experimentais de linguagem e forma. Sua poesia também é cotidiana e busca essa aproximação com o leitor. Nesse sentido, existe alguma afinidade direta da sua matriz poética com o conteúdo de As Impurezas do Branco?  

Drummond separava muito a poesia da prosa, ao contrário de Rubem Braga, fazia "crônica poética” Eu às vezes misturo ambas sem preconceito. Tenho muitas crônicas que os leitores não apenas chamam de “poema” mas me mandam de forma versificada. Eu mesmo peguei uma crônica motivada pela morte do Helio Pelegrino e descobri que era poesia, e assim a republiquei posteriormente.

Por que se escreve poesia?

Para expor a perplexidade e o encantamento diante do mistério. Desde a antiguidade, com os shaman, com os profetas e com os grandes poetas porta-vozes de sua comunidade foi assim.  Os que fazem poesia como jogo pretensamente inteligente, que fazem poesia para entrar na moda ou apenas para seduzir ficam no meio do caminho. Numa enquete que o Edson Cruz  fez pedindo aos poetas que dissessem o que é poesia,ocorreu-me dizer: “poesia é a transverberação do espanto"O verbo, o logo está nisto.

Oswald de Andrade e João Cabral. De um lado intuição, ironia e síntese, do outro  rigor formal, a concretude e a antimusica. Como você percebe a harmonia entre essas duas forças da nossa poesia moderna? Ou ainda: em que você esteve mais inclinado poeticamente?

Seguinte: Oswald é um poeta menor. Fez experiências típicas do modernismo, ficou naquela livro inicial. Não desenvolveu um projeto como Drummond, Cecília, J.de Lima,etc. Cabral é um poeta excepcional,mas teoricamente equivocado ao pregar que poesia é   construção, razão, forma.  Se ele tivesse razão  99,9% da boa poesia universal seria um equivoco.Essa coisa de "rigor formal" leva ao “rigor mortis" e muita gente ficou paralisada pelo falso sofisma da forma.

Comente a ideia da poesia veiculada fora dos livros, outros suportes. 

Sempre fui a favor de formas novas para"conduzir"a poesia. O primeiro livro que publiquei'"O desemprego"do poeta"  lutava pelo "reemprego" da poesia. Acho bom aproveitar os espaços de ociosidade, espaços intercalares.Me agrada, me conte do resultado.

Pode-se afirmar que a crônica é o gênero de maior alcance pelo fato  de ter uma maior veiculação nos jornais? por esse aspecto, se a poesia (sem o tal rebuscamento) fosse publicada em jornais com mais destaque, poderia ser uma forma de gerar mais leitores, até consumidores da poesia em livros?

Antonio Cândido cometeu esse deslize de dizer que a crônica é um gênero menor. Não há gênero menor, há autores menores diante de certos gêneros. Minha trajetória é um testemunho de como a poesia  e crônica podem e devem funcionar fora dos  livros. Os leitores se apoderam dos textos com uma ferocidade meiga. Veja agora esse vídeo poema, em 4 línguas, que lancei no Youtube e na Internet: OBAMA, VENHA COMIGOA CARTAGO.

 Em sua poesia, é notável a forma com a qual você equilibra lirismo, reflexão social e até uma atitude política. A poesia, por ser o contraponto, o deslocamento, a recriação dos significados, ela pode também ser literal a ponto de transmitir um pensamento inclusive filosófico?

Um dos livros mais úteis para poetas então poetas é o "Homo ludens" de Huizinga. Sempre o aconselho nos cursos de criação literária. Poesia e jogo, poesia e invenção, poesia e filosofia. Minha tese sobre Drummond  é um passeio pela filosofia mostrando que se Heidegger tivesse lido Drummond  poderia ter escrito ensaios notáveis. Ao contrário, Drummond nunca leu Heidegger. Eu leio de tudo, consumo, por exemplo,   livros de física e  ciências, exatamente porque não entendo esse mundo, mas me maravilho sempre. O cientista e o filósofo estão mais próximos do poeta do que se imagina.  Sempre digo que a poesia,a boa literatura é como o trabalho do físico nuclear, é a fissão vocabular. O encontro insólito de duas sílabas ou palavras pode produzir uma explosão incalculável de sentimentos

Você escreveu sobre Ezra Pound, na poesia moderna ele é referência. Aponte outras virtudes desse poeta/inventor que você descobriu em suas leituras.

 O que escrevi sobre Pound foi uma correção: mostrei seus equívocos apesar das suas  intenções.Fui contra a corrente que acha que simplesmente citar Pound ou Joyce torna as pessoas mais inteligentes. As pessoas precisam ter "redação própria", pararem de  repetir o que pessoas ditas como inteligentes dizem.  As pessoas dizem: Mallarmé/Pound/Joyce e acham que têm direito à vida eterna. Estou desconstruindo este mito. Fiz isto também em relação às artes: a arte contemporânea é o domínio da indigência teórica, da repetição do que outros lá fora disseram.

 Duas leituras básicas (livros) para o poeta aspirante.

"Homo Ludens- Huizinga". E para quem quer saber o que aconteceu com a poesia brasileira no século passado o meu livro “ MUSICA POPULAR E MODERNA POESIA BRASILEIRA "ED. Nova Alexandria".




quarta-feira, fevereiro 26, 2014

OFICINA LITERÁRIA - JAN/FEV

Encontro final do módulo de Oficina Literária na livraria Sapere Aude Livros ministrada por Diego Petrarca. As novas e surpreendentes versões dos textos de Maria Elizabeth KnopffDelma Gonçalves Mattos, Teresinha Paz Pereira e Silvia Clara Agnes (que não está na foto mas foi presença importante no curso). 







sexta-feira, janeiro 24, 2014

LEIA NA CAMISA - JANEIRO/FEVEREIRO

Está lançado aqui o projeto poético LEIA NA CAMISA. poemas breves, meio e mensagem datilografados na camisa que cobrescreve o corpo. Poesia ambulante. O corpo como suporte do texto, tatuagem provisória, poesia que veste o corpo, legenda para andar na ruas, o tecido é a página.

Página: http://is.gd/O4ndoZ


Jan/Fev







sexta-feira, janeiro 17, 2014

LADODENTRO ENTREVISTA: LOBÃO


Brevíssima entrevista com Lobão feita por mail em 2011. Respostas rápidas para um Lobão sempre prolixo e verborrágico. Uma tentativa de arrancar reflexões sobre a linguagem e o artesanato poético do compositor sempre antecipado pela polêmica.



Em que medida você pensa um tratamento literário para a letra da canção mesmo antes ou depois da música pronta?

Na medida em que ela precise de alguma modificação.

Você sempre menciona Julio Barroso, Cazuza, Renato Russo, como poetas da sua geração. O que um letrista deve ter para Lobão considerá-lo poético?

Ser um poeta de verdade.

De um lado Para Onde Você foi - exemplo de um lirismo precioso. Do outro lado Para o mano Caetano - violência verbal bem  articulada. Entre esses dois extremos temos o mel do melhor da poesia de Lobão. Qual dessas dicções o Lobão de hoje se afina mais?

Eu não tenho nenhum compromisso com nada que já fiz. Se já fiz, está lá. O que vem de novo não se alinha a nada. É sempre uma outra história.

 Em Me Chama, existe um texto simples, mas com duas frases em que a poesia cintila: Nem sempre se vê mágica no absurdo /Nem sempre se vê lágrima no escuro. De onde partiram essas construções? 

Vendo um filme sobre o Touro Sentado quando tentou fazer uma dança da chuva e depois de nada conseguir , concluiu: Nem sempre as mágicas  funcionam...

A disciplina é requisito básico de um bom texto. No período da escrita do seu livro/biografia, essa disciplina foi determinante ou  a criação pra você existe também no meio do caos?

Eu sou muito metódico. Acordo sempre às 5 da manhã e começo a escrever das 7 da manha  à 1 da tarde . Disciplina é tudo.

Algumas leituras poéticas essenciais na formação de Lobão.
  
Tolentino, Dante, Rabelais,  Baudelaire, Borges.

E sobre poesia? ela deve transcender a linguagem verbal?

A poesia está além de qualquer linguagem. Para encontrá-la basta percebê-la nas coisas que nos circundam.

Em seu discurso natural há picos de boa literatura, um exemplo disso eram as pérolas escritas na tela destacadas da sua fala em seu programa na MTV.  Em que medida a poesia que não se escreve por ser lida?

A poesia explode no momento em que a percebemos.. aí ela se manifesta.

terça-feira, dezembro 31, 2013

BALANÇO 2013


Um brave balanço desse ano em que completei a idade de Cristo. Como tudo gira mais ou menos em torno da Senhora Literatura, foi muito bom poder começar o ano estreando a temporada 2013 do Projeto Autor Presente, do IEL, coordenado por Laís Chaffe. Ao todo foram três visitas. Também a participação na produção da seleção de textos entre os meses de maio e junho  dentro de um projeto que o IEL colaborou e  que acabou resultando num áudio livro, bom ter feito parte e convivido com a equipe por um período rápido. Também  a homenagem ao poeta Armindo Trevisan junto a outros escritores além dos dois módulos  da Oficina Literária no IEL ministrada em janeiro e depois entre abril e junho.

A participação na equipe do Cabaré do Verbo, respondendo pela Literatura, belas edições de um ano de reconhecimento e afirmação na cena cultural do projeto liderado por Cris Cubas, além da participação da intervenção literária que chamou a atenção: a  Bambucicloteca, do artista Klauss, ao lado de Andréia Laimer, com direito a matérias no jornal e na TV.

A participação com 3 poemas inéditos na Coletânea Gaúcha de Poesia Contemporânea, editado pela Assembleia Legislativa e coordenado por Dilan Camargo, com direito a lançamento solene com os colegas da poesia em Porto Alegre. Os três poemas inéditos na Revista Cult.

O convite da querida amiga Gabriela Silva para duas edições do Sarau das Seis, na Palavraria Livros, ao lado do escritor Jéferson Tenório.  A participação na FestiPOA Literária lendo poemas de Vinícius de Moraes. A abertura de um curso de extensão na Unirriter.

As turmas dos bairros Assunção (terceiro ano)e Cristal (segundo ano) , dentro do projeto da Descentralização da Cultura e a mostra dos trabalhos de fim de ano resultando nos pequenos livros em que se lê o percurso do personagem pelas formas de linguagem.

As duas participações no Projeto UniVerso na UFRGS. O convite de Gabriela Silva para dar uma  aula dentro da turma do Curso de Saúde, ao lado de Andréia Laimer.

Os Hai-Cábulos na Revista VOX.  As participações nos programas  Estação Cultura (março, semana de Porto Alegre) e setembro (Oficinas da Prefeitura). Os poemas lidos por Marlon de Almeida em seu programa de rádio Falando de Amor.

O convite de Luís Dill para participar do seu  programa Tons Letras na FM Cultura durante a Feira do Livro.A boa recepção e o interesse dos participantes da Oficina sobre o poeta Manoel de Barros na mesma Feira do Livro, além do convite para duas atividades pela Secretaria da Saúde, através de Ellen Santos, com uma divertida e lúdico  formato de oficina no estande da Secretaria, sobre homens e mulheres, e as pessoas sentadas no chão e refletindo através da palavra escrita. Também  a bela apresentação sobre o centenário de Vinícius de Moraes, com a fundamental participação de Jonathan Spinneli no violão(ele é gênio) e o canto de Andréia Laimer, além dos poemas de Vinícius.

As seis edições do projeto Entrevista Poética na Livraria Saraiva, ao lado de Lorenzo Ribas. O lançamento badalado do Bando Hoburaco (quase dois anos de trabalho) meu prefácio e o repertório de palavras criativas. Os dois prefácios escritos encomendados pelos autores Adélia Einsfeldt e Geraldo Batista e meu prazer em escrevê-los. O lançamento dos Tankas da Toca de João Alberto Luiz motivado por uma Oficina Literária em 2012. A assessoria literária para João de Lima e nossas conversas sobre o ofício da escrita.

Os áudios de Dois em Dois apresentados de julho a novembro antecipando na voz alguns poemas da nova safra. A participação do belo espetáculo musical sobre Vinícius de Moares no MEME, a descoberta do MEME como espaço cultural na Cidade Baixa, as repetidas e organizadas iniciativas culturais na Cidade Baixa, os passeios na Cidade Baixa, os novos e  rotineiros cafés na Cidade Baixa, as duas lindas edições do Picnic no Museu Joaquim José Felizardo. A textura da Rua da República vista daqui do apartamento.

Algumas matérias de jornal que fui consultado sobre literatura, uma delas realizada pelo super Alexandre Luchesse. O artigo sobre a obra completa de Ana C. em ZH, no caderno Cultura. A visita numa escola periférica dentro das atividades do FestiPOA Literária ao longo do ano. O nascimento do evento Feira Além da Feira e a satisfação de estra junto.  As muitas conversas com amigos embaladas por café, os planos, a troca de ideias, o ímpeto em fazer algo que nos motive e emotive.

A companhia amorosa e amiga de Andréia Laimer  e nossa parceria em todos os sentidos, entre poemas, livros e canções. Os filmes descobertos e a estreia de Somos Tão Jovens. A poesia de Frank O´hara. Os livros adquiridos, todos que quis/pude comprar. E muita palavra dita e guardada para ser dita depois de um melhor jeito.

A família por perto e meu jeito de querer estar longe embora sempre esteja perto. Alguma saudade e algum choro chorado sozinho que faz muito bem. Uma paz de espírito alterada com alguma euforia que gera energia e faz também cometer alguns enganos, todos reparáveis. Um ano que pode ter assustado alguns, em que a indignação deus as caras e alguma coisa para ter estourado de verdade, embora nada tenha mudado. O respeito existe mas ainda parece não falar mais alto que a injustiça e a má educação. E a educação é unanimidade.  Um ano literariamente produtivo e que motiva, pois a meta é  a permanência, meta natural, não como um fim objetivista. Por exemplo: uma finalidade sem fins.

E tudo devidamente registrado nesse blog LADODENTRO, às vezes temperado com uma nova entrevista da coleção com autores e poetas. Mais virão. A rotina cansativa e o prazer de matar a sede das coisas planejadas e realizadas. A parceria com a Livraria Sapere Auden, outra preciosa instância da Cidade Baixa, a bela recepção do curso que ofereci e pode prosseguir, as pessoas que conheci este ano que podem vir para ficar. A aprovação bem vinda (e a surpresa) no concurso do Magistério e suas 20 horas de aula.

A aprovação no Doutorado na Uniritter após uma decisão instantânea e  um prazo curto para tamanha produção e exigências protocolares (ainda resta ver o que pode haver no Doutorado na PUCRS após uma avaliação estranha e não necessariamente justa que deixou a maioria de fora os poucos candidatos, incluisve eu). E na Uniritter:  a aprovação  não tenha a ver com a possibilidade da bolsa determinante para seguir o curso). No entanto, pelo tempo apertado e pela energia liberada para tais projetos, o saldo pessoal é muito positivo.  E ainda há tempo. 2013 não passou em brancas nuvens. 

Paulo Leminski voltou com tudo. Os dois inéditos preparados por Torquato Neto: presentes de Vinícius Cardoso, lá de Teresina.  A poesia existe. E o público quer. Um beijo Eduardo Dall' Alba. Nesse balanço mencionei tudo, ou quase tudo, porque apesar das mazelas de todo ano em termos mundiais, a gente faz bem a nossa parte. Meu bigode desde os idos de março. Que o valor seja o querer e não o ter. Que a educação e o educador traga o circo dentro do pão. Força sempre. Em cada sono uma forma de oração. Há muitos barcos no mar.

Que venha 2014! com tudo em dobro o que resultou de 2013. Com trabalho bom e boa remuneração. O dobro de produção, açúcar, afeto, respeito, amizade, prosa e poesia, e muita canção. É o que Deus deseja. Eu tô de vermelho e amarelo. E que o ano de Iansã traga os ventos e as nuvens de chumbo, Senhores Deuses me protejam de tanta mágoa. Porque com todo o calor nosso do fim de um ano e começo de outro, só mesmo o mar.

Ah, o mar!

sábado, dezembro 28, 2013

DOIS TORQUATOS

Recebido hoje pelo correio de Teresina, enviado por Vinícius Cardoso, os dois livros reunindo poemas inéditos de Torquato Neto lançados por lá. Poemas de fases diferentes e muito bem vindos, as primeiras produções poéticas organizadas pelo autor, seus temas, abordagens, estilo e sua matriz poética já definidaa.  Os dois livros comprovam que esse poeta amado tanto meu quanto de Vinícius ainda pulsa por aqui e por lá, desafinando o coro dos contentes. Muito obrigado Vinícius por esses presentes!


sexta-feira, dezembro 20, 2013

sábado, dezembro 14, 2013

SARAU DAS SEIS

Sarau das Seis hoje na Palavraria Livros encerrando as atividades de 2013 e completando 2 anos do projeto. Parabéns a Gabriela Silva e  Jeferson Tenório pela ótima condução e eficiência das abordagens literárias. Ótimo estar ao lado de Laís Chaffe lendo e falando sobre Manoel de Barros e Manuel Bandeira, além de ótimos poemas próprios. 





terça-feira, dezembro 10, 2013

FIM DE ANO NO CRISTAL

Encontro de fim de ano da turma da oficina literária do bairro Cristal, pela Descentralização da Cultura. Um ano poeticamente produtivo.




quinta-feira, dezembro 05, 2013

CONVERSA SOBRE O LIVRO HOBURACO

Bate papo sobre o livro Hoburaco ontem na Livraria Sapere Aude Livros com a presença de alguns autores do livro. Um pouco mais sobre a elaboração e conceito, leituras, assim como o repertório das palavras. Agradecemos as presenças e contribuições de Maria Elizabeth Knopf e do poeta Júlio Alves, para fechar as atividades do Bando Hoburaco em 2013. 











segunda-feira, dezembro 02, 2013

AUTOR NA PAZ - ESCOLA SENADOR PASQUALINI

Trabalho dos alunos da Escola Senador Pasqualini sobre poemas de Diego Petrarca dentro do Projeto Autor na Paz, do Instituto Estadual Do Livro, organizado por Roselaine Funari. O livro Hai-Cábulos, em parceria com Andreia Laimer, também foi trabalhado nesse encontro. Segue um depoimento da direção da escola que vale por muitas práticas como essa:

 "A importância deste trabalho e o contato com o autor desperta em muitos alunos o desejo da escrita.  As releituras de seus poemas, realizadas pelos nossos alunos, foi algo magnifico o que nos faz acreditar que o caminho é a educação e que o despertar poético depende de ocasiões com essa".






sexta-feira, novembro 29, 2013

MOSTRA DAS OFICINAS - BAIRRO CRISTAL

Mostra das Oficinas do Clube de Mães, bairro Cristal, pelo projeto Descentralização da Cultura. A Literatura brilha sempre através dessa turma. Segundo ano e uma resultado sempre surpreendente. O personagem em cartaz e no livro.