Essa foto sou eu com a turma da oficina de poesia que ministrei entre 16 de junho e 01 de agosto deste ano de 2008. A idéia partiu da Secretaria Municipal daCultura de Porto Alegre, dentro do projeto Histórias de Trabalho. O objetivo do curso era trabalhar poemas com a temática do trabalho para as inscrições no concurso. E assim fizemos.
Para mim foi uma alegria profunda poder conviver com pessoas tão interessadas em poesia, tão simpáticas ao meu processo de mostrar a poesia, tão receptivas aos meus argumentos e tão sensacionais no desenvolvimento dos exercícios dados por mim. Um professor não faz uma turma, mas a turma é quem determina a qualidade das aulas.
E foi assim desde o início, desde a primeira aula até as duas aulas extras que decidirmos fazer, afinal estávamos empenhados no projeto de ler/escrever poemas, ao mesmo tempo em que eu pude acompanhar o crescimento de cada um deles assim como me pegar surpreso pelas coisas que lia de cada aluno.
Com certeza, uma das minhas alegrias desse ano de 2008. Se a poesia pode ser compartilhada, se a troca de idéias existe gerando prazer e produção, a prova disso é poder estar ministrando uma turma assim, atentas e sedentas pelo uso da palvara em estado poesia.
Agradeço a eles, por causa dessas aulas muito das minhas crenças e ideais ganharam transcedndência, espero poder encontrá-los em outros momentos. Cultivo fundo esses nossos momentos nesses meses, belas tardes de segundas e sextas, essa turma fez jus ao nome POESIA, assim mesmo, em maiúsculo.
Da esquerda para direita partindo da foto:
Um beijo a Nely (sua palavra espontânea e viva) a Roselaine (poemas sensíveis na medida certa) a Tânia (a metáfora mais genial que vi do vermelho e branco) ao André (verborrgia crítica no mais alto nível) a Conceição (e seus poemas colados a canção) a Maria Helena (sua solda, sua concisão sábia e latente) a Zaira (sua linguagem sofisticada onde reside a poesia por excelência) ao João (poeta do tango e das frases enxutas) a Marisa (seu texto tem marcas reais) ao Gerson (das metáforas esportivas a sua linguagem trabalhada, as duas pontas do seu brilho) a Maira (e suas frases simples mas doces e ternas, o mais decididamente emotivo) a Delma (compositora no verso e na capacidade de compor os sons de cada sílaba) ao Paulo (e sua rara captação do poético encravado no cotidiano: "a lei dos homens do colo"). E ainda a Nety e Izabel, que não estavam no dia da foto: duas presenças fortes e com vozes poéticas próprias.
Fiquei muito satisfeito com as aulas, com a pessoas, com o que aprendi e pretendi ensinar, mas sobretudo, com o que aprendi.
Uma das formas que a poesia cresce e prevalece dentro aqui.