sexta-feira, abril 30, 2010

COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ




No dia 25 se abril, domingo, dentro da programação do Festipoa Literária, na livraria Palavraria, num início de noite chuvosa, o autor da antologia Como se não houvesse amanhã, Henrique Rodrigues, bateu um papo com Diego Petrarca sobre a grande ideia de reunir autores para inventar alguns contos sobre as belas canções da Legião Urbana. A conversa foi boa, como sempre são as conversas sobre a Legião Urbana, sobretudo quando se trata de dois fãs/leitores legionários como nós dois. Entre lembranças das letras e canções, a importância de Renato Russo para a consagração da letra poema existente em suas palavras, o rock nacional, os anos 80. Teve também depoimentos da plateia sobre a relação dos fãs com a banda.


O papo poderia ir além. Henrique falou da elaboração da antologia, da escolha das canções para transpor ao conto, a escolha dos autores e a elaboração da sua história sobre a bela canção Acrilic on Canvans, que segundo o próprio Renato Russo, juntamente com Andrea Doria, outra canção do disco Dois, teria vida própria impressa, fora da canção. No fim da conversa as canções estavam pairando no ar da livraria, com vontade de serem cantadas alto, no volume máximo, assim como deve ser lido o livro, como sempre a Legião sugeria. 

terça-feira, abril 27, 2010

NO FILME DE MANOEL DE BARROS



Entre as muitas atividades do Festipoa Literária, aconteceu a exibição do filme sobre o poeta Manoel de Barros, na sala do Cine Bancários. Antes da exibição, Andréia Laimer, Cris Cubas e Diego Petrarca leram uns poemas e falaram sobre o autor. O filme, além de ser sensacional, mostra as línguas e objetos de pegar delírio, assim como todos os inutensílios fundamentais para o entendimento da poética de Manoel de Barros. Um filme pra ser revisto com as asas do olhar.
















domingo, abril 18, 2010

FESTIPOA LITERÁRIA 2010



A movimentação  literária mais dinâmica  da cidade já está perto, será entre os dias 20 e 25 de abril, a segunda edição do Festipoa Literária traz a seu sopro  com todas as luzes possíveis das nossas letras.

Confira a programação:
   http://www.festipoaliteraria.com/.  


Dia 20 de abril: Terça-feira


No Café da Oca:

• 20h30 às 23h30: Mostra artística Cabaré do verbo: música e leituras de poemas, Diego Petrarca, Lorenzo Ribas, Rodolfo Ribas.


Dia 22 de abril: Quinta-feira

No CineBancários:

• 15, 17h e 19h: Exibição do filme "Só dez por cento é mentira - desbiografia oficial de Manoel de Barros” . A sessão das 19h será precedida de bate-papo e leituras de poemas de Manoel de Barros com Diego Petrarca, Cris Cubas e Andréa Laimer.


Dia 25 de abril: Domingo

Na Palavraria:

• 16h: Bate-papo com o escritor carioca Henrique Rodrigues e Diego Petrarca e lançamento com sessão de autógrafos da coletânea de contos organizada por Henrique Rodrigues Como se não houvesse amanhã (Ed. Record).

Há também o lançamento do livro O Melhor da Festa, volume 2. Será dia 20 de abril, no primeiro dia do evento. Diego Petrarca colabora com o poema Coisas Pequenas.


sexta-feira, abril 09, 2010

OFICINAS LITERÁRIAS



Dia 31 de março de 2010 iniciou a Oficina Literária, ministrada por Diego Petrarca, no Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo. O curso tem 10 encontros de 2 horas e se estende até o mês de junho. A oficina pretende estimular a produção inventiva do texto, a partir de técnicas e exercícios que possam realizar a criação de uma escrita que não seja concebida com as formas convencionais de produção textual. Os alunos serão convidados a usar a imaginação e o aspecto lúdico na realização de um texto. Fechamos uma turma pequena, alguns alunos já frequentaram outras oficinas, incluisve com o mesmo ministrante, como na Feira do Livro e em outros lugares. A turma tem um super potencial de produção, o que colabora com o bom desempenho das aulas para seguirmos a oficina.

E nesse sábado, dia 10 de abril, recomeçam as oficinas da Descentralização da Cultura. Aos sábados de tarde, como no ano passado, haverá oficina na Bom Jesus, dando continuidade ao trabalho do ano anterior, em que lançamos o livro Anômalos. A oficina da outra região, a Cruzeiro, inicialmente está marcada par começar dia 23 de abril, nas quintas de tarde.

Apesar dos perfis de turma serem diferentes, a surpresa do ato criativo com a palavra é sempre a mesma vibração, descoberta, do prazer iventivo da palavra escrita. E, do mesmo modo, o ministrante da oficina vê cada novo texto criado como uma nova vida que sai das mentes, mãos e corações dos alunos não apenas exempos de talentos, mas de sensibilidades verbais.

domingo, abril 04, 2010

MANUSCRITO DE RENATO RUSSO


Dia 27 de março de 2010 Renato Russo completaria 50 anos. A letra da canção Hoje, de 1994, foi composta por Renato para Leila Pinheiro gravar. A canção acabou sendo registrada pela cantora junto com o autor da letra e saiu no CD Presente, de 2003.



quinta-feira, março 25, 2010

HERBERT DO VERBO




O DVD Herbert de Perto já está nas lojas e locadoras após estar em cartaz poucos dias em Porto Alegre. Diego Petrarca escreveu ontem em ZH, 24 de março,  um texto sobre Herbert Vianna, destacando as letras do compositor, tema que o filme não aborda mas que tem tudo a ver com uma das razões dele ser um letrista importante em nossa MPB. O texto está também disponível no link do jornal, é só clicar no título.

O texto foi publicado também no site oficial dos Paralamas do Sucesso, com direito a bons comentários. Abaixo o link:

sábado, março 20, 2010

30 ANOS ESTA NOITE



Diego Petrarca completa 30 anos nesse sábado, 20 de março de 2010. Nascido no signo de peixes, ascendente em escorpião. Duas águas, dois signos femininos, beirando o signo de áries, último dia do verão, primeiro dia do outono. Entre peixes e áries, entre o verão e outono, nesse espaço invisível entre uma coisa e outra, onde acaba e onde começa. 30 anos esta noite: mais precisamente as 19:55 de uma quinta-feira de calor, lá em 1980. Ainda é só o começo: seja sempre o mesmo mas não exatamente do mesmo jeito, aliás. O sonho agora é real e a chuva cai por uma fresta no telhado. É sempre melhor acreditar. Disciplina: tudo  depende de determinação. Tudo passa, tudo passará. Que o Deus venha e com ele esses 30 anos solares por aí, por aqui  e por lares. 

Há muitos barcos no mar. 

quarta-feira, março 10, 2010

ENCARTE DATILOGRAFADO


O encarte do disco A Fábrica do Poema, de Adriana Calcanhotto, saiu em 1994 e trazia no título o poema de Waly Salomão musicado. O disco ainda trazia textos de Antonio Cícero (Bagatelas, Inverno) Arnaldo Antunes (Estrelas) entre outros, inclusive um poema de Gertrude Stein. Essa imagem é uma das faixas do disco, O Verme e a Estrela, musicado por Cid Campos, de autoria do poeta Pedro Kilkerry, resgatado por Augusto de Campos, que inclusive participa da faixa ao fundo, lendo o poema.

Todo o encarte do disco tem as letras datilografadas, rabiscadas, em papel amassado, dando ênfase literária ao aspecto gráfico das palavras das canções, um belo tratamento visual para quem gosta de "ler" os discos, fazendo de A Fábrica do Poema um dos mais belos encartes de disco já lançados.

Ouçam Inverno, Estrelas, Bagatelas, A Fábrica do Poema, Cariocas, Aconteceu, O Verme e a estrela, Morro dois Irmãos... tudo soará poético aos ouvidos. 


terça-feira, março 09, 2010

OFICINAS

Saiu a lista definitiva dos oficineiros da Descentralização da Cultura, que irão ministrar cursos de cultura ao longo do ano. Além de literatura, outras áreas como dança, fotografia e artes plásticas compõe o time de profissionais da arte que estarão atuando junto com as comunidades. O projeto Descentralização da Cultura é uma iniciativa da Prefeitura de Porto Alegre, e o objetivo é tirar a movimentação cultural do centro da cidade e levar para as periferias da capital.


sábado, março 06, 2010

DESTINO: POESIA




Ítalo Moriconi organizou uma nova antologia pela editora José Olympo, reunindo a fina flor da poesia marginal, magistral, dos anos 70. Trata-se de Destino: Poesia, assim mesmo, com esses dois pontos, o destino anunciando a poesia, como se referisse que o destino mesmo desses autores reunidos fosse irremediavelmente a palavra do fazer poesia. Moriconi já havia feito obras parecidas, sempre dando uma certa ênfase a essa movimentação poética dos anos 70. Foi ele quem escreveu, dentro da série Perfis do Rio, a biografia de Ana Cristina CesarO sangue de uma poeta . Além desse, também lançou A Poesia  brasileira do Século XX, um estudo atento ao que se produziu de poesia nesse período, citando autores, comparando poemas, refeletindo sobre o que teve de potência criativa em nossa poesia pós-moderna, tornou-se um livro obrigatório para o entendimento da produção poética dos modernistas até meados dos anos 90.

Moriconi agora reúne esses cinco poetas, já em outra esfera, mas eternos no que fizeram com seus versos impressos/lidos/escritos. Embora seja uma seleção mais rigorosa, ou seja, o time da poesia dos anoos 70 é extenso, múltiplo, mas essa nata pode muito bem refletir o que se fez nesse período. Lendo Ana C., Cacaso, Waly, Torquato e Leminski, é impossível dizer que não se tenha passado pela poesia pós-moderna brasileira já com certa propriedade. O eco desses autores reverbera ainda nesses tempos de agora pelos quatro cantos.

Mesmo que os poemas já sejam conhecidos, encontráveis em qualquer boa compilação da. poesia desse período ou de antologias individuias, percebê-los reunidos num mesmo livro cativa o leitor, produz um caderno com vida própria, e a edição passa a ter uma graça, um sabor de coisa nova, pelo menos na seleçao desses 5, sempre tão relacionados, tão representativos, mas  poucs vezes reunidos num mesmo livro. O essencial de cada qual está ali, em páginas bem  escritas, em versos livres e breves, musicais e despojados, afiados com a linguagem desses tempos desde aqueles tempos. Quero pegar  o meu logo. O livro comprova o que já se sabe: esses cinco nomes já são perólas canônicas na poesia brasileira, referência básica e definitiva para a poesia Brasil pós-tudo.

CONSELHO


Diego Petrarca foi um dos selecionados para compor o conselho do leitor do Segundo Caderno, de ZH, seis participantes irão reunir-se uma vez por mês na redação do jornal para refletir, debater, sugerir pautas, sobre as matérias do caderno, tudo no período de 2 anos. O jornal abriu vaga aos candidatos já há alguns meses e semana passada foi decidido. O critério era escrever um texto sobre suas razões de querer compor o grupo do conselho.


sexta-feira, março 05, 2010

POEMA EM ZH


O poema Ilegível de dentro saiu em ZH nessa sexta-feira, 05 de março.


quarta-feira, janeiro 06, 2010

2010 Já!



Um dos primeiros sóis
deste 2010, na praia e cedo
sem sono ou sede
silêncio a dois












terça-feira, dezembro 01, 2009

LEMINSKEROUAC


Aproveitando a coincidência da data, LeminsKerouac. Há vinte anos Paulo Leminski subia ao céu e, vinte anos antes, Jack Kerouac pôs os pés na estrada das nuvens. Uma leitura desses dois autores vivos nos livros e na alma beat daqueles que sabem. Eu sou um que sabe, assim como muitos outros uns.





sábado, novembro 21, 2009

EFEMÉRIDE DOS 9




EFEMÉRIDE DOS 9 – 40 anos

Queda do muro de Berlim - 1989
milésimo gol de Pelé - 1969
festival de Woodstock - 1969
lançamento de Ô blesq blom - 1989
exílio de Caetano e Gil -1969
inauguração do estádio Beira-Rio - 1969
seqüestro do embaixador americano - 1969
bug do milênio – 1999
eleições diretas – 1989
meus pais se conhecem - 1969
minha mãe grávida me esperando – 1979
Vinícius de Moraes é exonerado do Itamaraty - 1969
eu na quarta série – 1989
Cassiano Gabus escreve Que Rei Sou eu? - 1989
200 anos da Revolução Francesa - 1989
meus primeiros 9 anos - 1989
o homem pisou na lua – 1969
o protesto no Stonewall – 1969
os Beatles tocam no telhado da Apple - 1969
lançamento do Pasquim – 1969
slogan Brasil: ame-o ou deixe-o – 1969
anistia no Brasil - 1979
Internacional é tricampeão brasileiro de forma invicta – 1979
Caio Fernando na casa de Hilda Hilst - 1969
Lennon se casa com Yoko – 1969
Gabeira escreve O que é isso, companheiro? – 1979
nasce Marina Person - 1969
Cazuza lança Burguesia – 1989
Clarice Lispector lança Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres - 1969
morre Jack Kerouac - 1969
morre Paulo Leminski - 1989
morre João Cabral – 1999
morre Augusto Boal – 2009
morre Michael Jackson - 2009
primeiro apagão – 1999
segundo apagão – 2009
Legião Urbana lança As Quatro estações - 1989
meu retorno de saturno – 2009

entre outras coincidências
todo o fim de década
se escreve com a letra 9

quarta-feira, novembro 18, 2009

ARENA E VAIA

Dia 25/11, leituras na premiação do Artistas Gaúchos e a nova edição do Jornal Vaia.


terça-feira, novembro 17, 2009

DESENHO DE PRESENTE


Um lindo presente de Guilherme Moojen, artista visual e desenhista, durante as sessões de gravação do Cidade Poema. Guilherme é o ilustrador oficial do projeto. E com essa figura acabou fazendo quase uma fotografia de mim.

segunda-feira, novembro 16, 2009

POEMA NO CINEMA

Ao longo de novembro, 15 mini-metragens do Cidade Poema podem ser vistos em salas do Cinesystem (Shopping Total). Neles, os poetas Alexandre Brito, Celso Gutfreind, Diego Petrarca, José Eduardo Degrazia, Maria Carpi, Paula Taitelbaum, Paulo Seben, Telma Scherer e Ricardo Silvestrin dizem poemas seus ou de poetas que admiram. A direção é de Laís Chaffe, com trilha sonora assinada por Beto Chedid (dos Cowbees), direção de fotografia de Rodinério da Rosa, edição de Tiago Damaman e direção de produção de Kika Lisboa. Os curtas de 30 segundos acompanham todas as sessões das salas 1, 2 e 3 até 30 de novembro, cada um permanecendo uma semana em cartaz. Confiram:

De 20/11 A 26/11 - SALA 1

Diego Petrarca - "O ocidente que se oriente" - de Diego Petrarca


A partir de 27/11 - SALA 3

Diego Petrarca - "Em solidão" - de Carlos Vogt

MOSTRA DAS OFICINAS





No dia 12 de novembro, quinta-feira, ocorreu a mostra das oficinas da Descentralização na Região Leste, onde ministrei entre maio e novembro deste 2009 o curso O texto criativo para a turma da comunidade. Além da inclusão de alguns alunos no concurso Histórias de Trabalho, fizemos um biombo ser exposto com os trabalhos manuscritos dos alunos e uma edição extra do jornal A Santa de Casa, que a comunidade organiza. Além disso, editamos o livro Anômalos, pela editora Cidadela, com ISBN e tudo, reunindo os textos dos alunos: CarlosRita e Neide, especialmente para a mostra. Além de apresentar esses mateiras para o público presente, alguns poemas do livro foram lidos na hora.
Como deixei escrito nas orelhas do livro: a convivência durante esses meses na turma do Mato Sampaio foi uma grande experiência literária, acompanhado a produção e o crescimento poético de cada aluno, as conversas, as trocas de textos, tudo isso contribuiu para a solidez do grupo ao longo da oficina.








A outra oficina, ministrada para as crianças, também foi apresentada. As crianças NaieleItielaMiriamLilianRafaela e Ângela, levantaram cartazes com palavras, correspondendo aos cartazes com palavras que eu mesmo apresentava. Depois, os cartazes viraram uma chuva de letras pelo ar.

Duas oficinas, para diferentes faixa-etárias, surpresas poéticas em cada uma delas. No Mato Sampaio, os adultos conquistando sua própria dicção poética, e as crianças, descobrindo o gosto de brincar com letras e palavras ao mesmo tempo em que reconhecem os seus significados.