O poeta Paulo Leminski, antes de lançar seu calhamaço explosivo Catatau, em 1975, lançou 2 livros de poemas independentes, feitos na gráfica da agência ZAP onde trabalhava. Em 1980, 25 anos atrás, saia Polanaises e Não Fosse Isso e Era Menos Não Fosse Tanto e Era Quase. Essas edições, de poucas tiragens, são itens de colecionador, raridades do poeta paranaense. Essas obras guardam uma luz particular, pois, além de serem os primeiros livros de poesia de Leminski, jamais foram reeditados e salientam a atitude herdada dos poetas marginais dos anos 70, como Ana Crsitina Cesar, Chacal, Cacaso, regis Bonviccino, etc... de lançar suas obras do próprio punho, do bolso mesmo. Leminski fez o mesmo com Catatau, porém, esse teve algumas reedições por editora convencional, mas Polanaises e Não Fosse Isso existiram para serem assim, a margem, e com certeza são um dos mais importantes livros de poema de Leminski. O poeta teve, do seu modo, sua relação com a litertaura alternativa, ambiente literário que ele alçou voô e foi uma das referências, apesar se sempre estar a margem dessa mesma margem, sem pertencer ou querer pertencer a movimento algum. Os 25 anos desses 2 livros fazem a poesia de Leminski nunca ser apagada. Como nunca foi nem será.