A contracapa do Segundo Caderno do jornal Zero Hora dessa quarta-feira, 04 de novembro, divulgou o projeto Cidade Poema no cinema. Ao longo desse mês, esses autores estarão em minimetragens declamando textos antes da exibição do filme. Diego Petrarca lê um seu e outro do poeta Carlos Vogt.
quarta-feira, novembro 04, 2009
sexta-feira, outubro 30, 2009
POEMAS NO ELEVADOR
Esses poemas estão nos elevadores do Shopping Total de Porto Alegre desde o dia 29 de outubro. Integram o projeto Cidade Poema. No início do ano alguns poemas (como este de baixo) circularam nos ônibus da cidade, na parte externa, onde vão as propagandas. Esses poemas já foram postados aqui no blog com a arte que foi para o ônibus.
Agora eles estão impressos em outros suportes visuais, para além das páginas dos livros, como é a intenção do projeto encabeçado por Laís Chaffe. Além de elevadores, os poemas estão também nos espelhos dos banheiros (femininos) do shopping.
O projeto Cidade Poema (http://www.cidadepoema.com/) também irá veicular nos cinemas do mesmo Shopping Total, durante um mês, pequenos vídeos exibidos como as vinhetas antes do filme iniciar, onde os autores desses poemas impressos aqui dizem seus textos na tela. Confiram então os poemas no elevador e nos cinemas.
Os adesivos também estarão disponíveis na exposição dentro da.Casa do Pensamento, no cais do porto, durante a programação na Feira do Livro
quinta-feira, outubro 22, 2009
AGORA É QUE SÃO ELAS - 25 ANOS
O livro Agora é que são elas, lançado em 1984, por Paulo Leminski, está completando 25 anos. Aqui vai uma mínima mostra do que é essa maravilha criativa em termos de linguagem e des-estrutura na concepção de um romance. Abaixo, a capa e um trecho do livro.
— A glória é o aplauso dos pais, disse Propp, me dando um tapinha na bunda, e me impelindo para o salão, onde entrei sob cataratas de palmas, que agradeci comovido, até descobrir. Eram para Norma, que descia as escadas, lá vai ela deliciar os presentes com tudo o que cantava.
— Enfim, alguma coisa acontece nesta festa, ouvi uma senhora dizer ao meu lado, perua esticando o pescoço para a banda do vento donde vinha carne fresca.
Nesse momento, o cheiro de coisa queimada, e senti como é duro o caminho até lá, até a sabedoria, se é que essa porra existe.
[parte 4, capítulo 15 Agora é que são elas]
LEMINSKEROUAC
vida e morte
amor e dúvida
dor e sorte
quem for louco
que volte
p.leminski
Dois poetas esse ano são lembrados por suas partidas: Paulo Leminski e Jack Kerouac. Leminski em 1989 e Kerouac em 1969. 20 e 40 anos eternizam esses dois poetas nesse 2009. A propósito, no Itaú Cultural, em Sampa, está ocorrendo uma mostra sobre Leminski, o link abaixo dá uma provinha:
COMPORTAMENTO
O poema Comportamento saiu na ZH dessa quinta-feira, 22 de outubro. O texto integra a série que está compondo o volume Vinte 9. Abaixo, devidamente agrupados, três poemas que compõe Vinte 9 já publicados. Uma mostra singela do que está previsto nos poemas novos, inéditos e outros nem tanto.
quarta-feira, outubro 07, 2009
CIDADES NO LABIRINTO
Esse poema saiu na última edição da revista eletrônica Labirinto Literário. Integra a série sobre cidades. Em junho outro poema da mesma série já havia saído na mesma revista. Confiram o blog do Labirinto:
sábado, outubro 03, 2009
SHOW DE ARNALDO ANTUNES
No dia 01 de outubro de 2009, Porto Alegre recebeu o show de lançamento do disco novo do poeta Arnaldo Antunes no bar Opinião. Marcado para as 23:00, o espetáculo só começou por volta da meianoite. Basicamente, o show apresentava as canções de Iê iê iê, lançado agora em setembro. Arnaldo estava de terno, assim como o resto da banda, e de óculos escuros, um figurino provocando aquilo que se chamaria convencionalmente de Iê iê iê. Ao fundo, inúmeras camisetas estampadas mostravam a variedade de slogans que a cultura pop oferece: de Che Guevara a PUCRS.
Dois momentos lindos do show: No primeiro bis, quando o poeta relembrou a canção Socorro, gravada antes por Cássia Eller e regravada por Arnaldo no disco UmSom, de 1998. Ao todo foram registrados 3 voltas ao palco, o que significa que a plateia estava empolgada e Arnaldo bem a fim de prosseguir. Outro momento foi a descida de Arnaldo junto a plateia, cantando e pulando junto com as pessoas. O show do Opinião em Porto Alegre foi um dos primeiros da turnê do disco novo, o suficiente para garantir o feeling da recepção público/novas canções. Talvez alguma música mais antiga, alguma dos Titãs feitas por Arnaldo, pudessem dar ainda mais uma vibração ao show. Mas estava tudo lindo e saltitante. A intenção de Arnaldo era resgatar a expressão Iê iê iê como marca de um início do que veio a se chamar Rock aqui no Brasil, um tipo de retorno a Jovem Guarda e também ao que os Titãs tentavam fazer no iníco de carreira: música para balançar ouvidos, letras espertas e sem sofisticação poética exagerada, apenas pequenos achados iluminados.
Antes do show, assisti a passagem de som e troquei um papo com Arnaldo sobre poesia e seus novos projetos na área, além de um registro inédito de um dos seus poemas do livro Nada de Dna, incluído na antologia Como é que chama o nome disso, de 2006. Arnaldo adiantou que em breve lançará um novo livro. Em sua performance no Santader Cultural aqui de Porto Alegre, já havia marcado esse papo com ele de antemão.
Abaixo uma das novas letras de Iê iê iê, depois um video registrado por Andréia Laimer, que estava comigo, da canção Socorro, no exato momento do show.
Não me falta cadeira
Não me falta sofá
Só falta você sentada na sala
Só falta você estar
Não me falta parede
E nela uma porta pra você entrar
Não me falta tapete
Só falta o seu pé descalço pra pisar
Não me falta cama
Só falta você deitar
Não me falta o sol da manhã
Só falta você acordar
Pras janelas se abrirem pra mim
E o vento brincar no quintal
Embalando as flores do jardim
Balançando as cores no varal
A casa é sua
Por que não chega logo?
Até o teto tá de ponta-cabeça
Porque você demora
A casa é sua
Por que não chega logo?
Nem o prego aguenta mais
O peso desse relógio
Não me falta banheiro, quarto
Abajur, sala de jantar
Não me falta cozinha
Só falta a campainha tocar
Não me falta cachorro
Uivando só porque você não está
Parece até que está pedindo socorro
Como tudo aqui nesse lugar
Não me falta casa
Só falta ela ser um lar
Não me falta o tempo que passa
Só não dá mais para tanto esperar
Para os pássaros voltarem a cantar
E a nuvem desenhar um coração flechado
Para o chão voltar a se deitar
E a chuva batucar no telhado
A casa é sua
Por que não chega logo?
Até o teto tá de ponta-cabeça
Porque você demora
A casa é sua
Por que não chega logo?
Nem o prego aguenta mais
O peso desse relógio
segunda-feira, setembro 14, 2009
CAJUÍNA DE TORQUATO
Caetano Veloso fala de Torquato Neto, ao explicar a elaboração de Cajuína, canção que está no disco Cinema Transcendental, de 1979. Este vídeo é do Programa Livre, ainda no SBT, de 1999. Torquato foi um dos pricincipais articuladores e poetas do Tropicalismo e pós-tropicalismo também. Certamente, uma das referências mais reluzentes da poesia contemporânea brasileira a partir dos anos 70.
Evoé Torquatália!
terça-feira, setembro 08, 2009
DÉIA
27 de março, o nosso abraço. início de abril. depois, o avião que partiu. o resto de abril, maio. fim de maio em sampa e junho inteiro. julho eu já estava mais pra lá, mais pra cá só comigo. veio agosto, uns setembros a mais. um ano inteiro de agora condensando semanas. semanas como anos a mais. quem ia imaginar?
talvez eu tenha soprado esse desejo aos anjos. minhas asas voam mas as fibras são tensas. sempre tensas. quando o corpo sente que o outro falta é quando o corpo significa. signos de elementos água e fogo. é bem provável: fogo ascendente em água. tão perto e longe. a voz, o canto, a fala, a conversa, o toque de mãos. a conversa extensa tensionando línguas. o medo o receio. insistência. invasão. não confundir com desrespeito. em nome do respeito alguns desastres. venha dormir em casa. desastrado pela pressa de não perder mais uma vez. tão perto e longe. talvez eu não devesse. talvez eu só quisesse. o certo é que não quero não devo não posso perder tempo. o tempo é mais alto quando repartido em sóis, em fins de tarde. em ervas de água quente. em ervas de tragar. devolver a boca em beijo. há uma beleza nisso. saber chorar a dois. deixar-se chorar como parte do diálogo. tantas coisas ao mesmo tempo. não cabe apenas o deslumbramento. bandeira: alumbramento. as letras. bom é ficarmos sós sem estarmos sós. tantas palavras. a palavra como início sem deixar escrita a palavra fim. a palavra sins. a sua coisa é toda tão certa. falar de déia na terceira pessoa. as rosas recolhidas rua afora. o ano de 2008. as pitangas tem perfume. somente a água não deixa a sede sem resposta. ela me disse. dona do seu sistema. eu sei - é tudo sem sentido. quero sempre essa força que vem antes de me conhecer. estar contigo é o bastante. a música toma o lugar da parede. nosso espaço para mais abraço. sensível tanto ou mais que eu mesmo em mim. tua palavra escrita me reescreve. o que é um beijo se eu posso ter o teu olhar. letras impressas no telefone. erva cidreira e mate de manhã. o café da manhã é extensão do amor feito de noite. café mascavo. café entre nossas vírgulas nas dobras das conversas, longas e longes. café para colar lábios e dentes. gotas de saliva miradas no rosto. não só poema: poesia. não apenas poesia: poética. frutas e as cores da salada. ambrosia em comum. leveza e ansiedade. eu quero muito mais. deixar-me estourar espinhas, deixar-me mastigar devagar. carinho lento demorando. eu quero ainda mais. agora sei: estamos fundos. juntos. bejios e cheiros e lindos momentos. como já dizia djavan. o meu melhor amigo é a minha namorada. culinária literária. linguagem em nossos quatro cantos. e os pés, sempre os pés mais perto, para sonos e abraços, como início de maiores delícias. nhé! teus pés inauguram tua beleza. se me deixo pisar é porque também sei fugir. nunca me deixo. as canções de minas. mais ainda porto alegre aos domingos de sol na cara: o sol na cabeça. as letras das canções. um dia desses eu me caso com você. o texto manuscrito no papel. o rabisco como marca. os desenhos. rasuras de dentro expulsas a limpo. quem modelou teu rosto? deixar a desordem certa de tuas coisas arrumadas pela ordem errada da minha organização. minhas unhas escrevem nas tuas costas: coca. e se você viesse antes, dentro de um dos três tempos. quando eu calo eu te pressinto. a parte mais carícia do carinho.quando te vejo dormir.eu sou um homem comum. essa foto quando pequena. criança que as vezes reconheço num jeito de olhar, num sorriso recuperado dessa época. sigamos juntos. beleza? branca e rosa. esse texto é só pra dizer. e diz. que nunca nos disperdicemos. a mais bonita. eu espalho o meu rosto no teu jeito de me olhar. amar esse amor com essa tal urgência. eu nunca te disse, mas agora saiba. tudo de ti é tão de dentro. noel em nós. o mar. a praia. o texto dobrado dentro da garrafa. pêlos desse peito como travesseiro. ana c. em nós. quando você diz. mogi, contigo eu moro em mim. eu admito com mais sins. ninguém pode silenciar o vento.
déia, daqui de dentro.
MAGAZINE BRASIL
O poema Vinte 9 saiu no site http://www.3ammagazine.com/brasil/ nessa terça-feira, através da editora e autora Jana Lauxen. O site também tem uma versão em língua inglesa. Confiram esse e outros trabalhos nesse site literário, além de poesia, prosa, entrevista e afins.
quinta-feira, agosto 27, 2009
GINSBERG NA VOZ DE RAMIL
Vachel, as estrelas se apagaram
a escuridão caiu na estrada do Colorado
um automóvel arrasta-se lento na planície
pelo rádio ressoa o clangor do jazz na penumbra
o inconsolável caixeiro viajante acende um cigarro
Há vinte e sete anos em outra cidade
eu vejo sua sombra na parede
você de suspensórios sentado na cama
a mão de sombra encosta uma pistola na sua cabeça
seu vulto cai no assoalho.
terça-feira, agosto 11, 2009
VINTE 9
O poema Vinte 9 saiu em ZH desta terça-feira, 11 de agosto. O texto é parte de um conjunto inédito de poemas que estou preparando, cujo nome é exatamente esse: Vinte 9. O título, parte numeral parte verbo, pode ser esclarecido com uma dica: nasci em 1980 e estamos em 2009. Porém, com certeza o poema vai além disso.
segunda-feira, agosto 10, 2009
ENGENHOCA VERBAL
Esse poema, do poeta inglês W. H. Auden, são as questões cruciais da criação poética (e até mesmo, quem sabe, por que não, de toda poesia?). Isso que ele chama de "engenhoca verbal", é simplesmente o único recurso-ferramenta que os escribas tem para tais perguntas: a linguaviagem, para lembrar Haroldo.
Aqui está uma engenhoca verbal. Como funciona?
Quem habita esse poema?
Qual o seu ideal de vida e de lugar?
Com quem pensa falar?
O que esconde do leitor?
O que esconde de si mesmo?
Que lição quer me passar?
A Mão do Artista, W. H. Auden
quinta-feira, agosto 06, 2009
ORIGINAL DE GINSBERG
Manuscrito de Allan Ginsberg, mais que um poema: uma peça rara de literatura pós-beat. Eis a tradução:
Linhas para a orelha de Creeley's
O peso
de tudo
é demais
meu coração
subterrâneo
martelando
sorrateiramente
dor de cabeça
por fumar
o momento
ler
a vsita de cima
de Karnapp Buddha
esta noite
tradução: Andréia Laimer
quarta-feira, julho 29, 2009
UM DE GULLAR
Aprendizado
Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.
Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão
que a vida só consome
o que a alimenta.
De Barulhos (1980-1987)
SEGUNDA E TERÇA
Nessa segunda, 27 de julho, fui com minha amiga e colega literária, Gabriela Farias, falar sobre a 39 Antologia da Oficina Literária da PUCRS, a ser lançada agora no sábado, 01 de agosto, no programa de rádio Gaúcha Entrevista . A convite de Gabriela, falei sobre ter sido um aluno da oficina e a importância dela como um certo rito de passagem para a atividade literária criativa. Demos o recado.
E nessa terça, dia 28 de julho, Fernando Ramos, do jornal Vaia, organizou uma leitura paralela aos eventos (oficinas, palestras)do Festival de inverno da Secretaria Municipal de Cultura. A leitura era com textos de Cortázar e Edgar Alan Poe. Eu estava na lista dos leitores, mas por motivos de força maior não pude comparecer, pior pra mim. Mas os colegas deram o recado, fazendo minha ausência praticamente desapercebida.
terça-feira, julho 21, 2009
BREVÍSSIMOS - Nº2
Eu já havia postado um texto comentando sobre a forma breve que estão na composição de alguns poemas. No texto mencionava que, no Brasil, o haicai, foi muito produzido por dois autores: Paulo Leminski e Alice Ruiz. Pode-se dizer que esses dois contribuíram muito para a divulgação do gênero no país, embora muitos outros autores tenham praticado haicais, inclusive rompendo com a forma tradicional das sílabas e da temática da natureza. Mas existem outras formas breves que não tem o propósito de inaugurar um novo gênero ou forma de poesia. Simplesmente são breves, tendem a condensação dos sentidos,da síntese e na rapidez da leitura. O próprio poema já é uma forma breve se comparado a prosa, mas ainda é possível reduzir o poema a poucos versos sem perder a capacidade de abstração ou profundidade.
O haicai é a forma mais conhecida de poema breve, mas ainda existe o epigrama, por exemplo, uma frase, um verso, expressando um sentido que vai longe. Os poemas postados aqui são de Alice Ruiz e Paulo Leminski. Esses com letras coloridas pertencem a um livro chamado Hai Tropikais, publicado em 1985 em formato livro-cartão, o volume reunia haicais de Alice e Leminski.




Os outros poemas são retirados de livros de Alice Ruiz para exemplificar a forma breve sem necessariamente ser o clássico haicai. O poema breve é uma prática da poesia moderna, pode-se dizer, já era praticado nos anos 20 por Oswald de Andrade e não tinha como modelo o haicai japonês, a possibilidade de se criar uma forma breve sem ser um haicai tradicional, é como esse exemplo:
AMOR
HUMOR
Esse poema de Oswald é a máxima enxutez de um poema, ao menos no período em que foi criado. Na prática poética contemporânea muitos foram os autores que desenvolveram a forma breve: poemas de uma linha, de uma palavra, de dois, três versos. Nesse sentido a forma breve é cabível em inúmeros formatos, podendo o autor inventar o seu e estabelecer um critério seu. Além do mais, a forma breve chama a atenção por aglutinar som sentido e reflexão a partir de poucas letras, como pequenas pérolas, pontos iluminados na página.
e não menos profundos.
segunda-feira, julho 20, 2009
quarta-feira, julho 08, 2009
CENAS DE ABRIL AUTOGRAFADO
Eis que me deparo, pesquisando livros raros na estante virtual (aliás, belo site para aquisição de raridades: http://www.estantevirtual.com.br)com a primeira edição do livro de Ana Cristina Cesar, Cenas de Abril, lançado em 1979 em edição independente e incluído alguns anos depois em A teus pés. A edição está a venda por nada menos que 850$ reais, mas além de ser uma primeira edição rara, o volume traz um autógrafo da autora, ou seja, existe ali a marca viva de Ana C. iluminando a tal edição. Delícia de se ler e ver e, sobretudo, ter.
Para quem quiser é só conferir no site da estante virtual. Eu fiquei surpreso e muito entusiasmado.
sábado, junho 27, 2009
SHOW DE CAETANO
Na última quinta-feira, 25 de junho, Caetano Veloso apresentou em Porto Alegre o show Ziie e Zie, numa única apresentação no teatro do Sesi. Fui acompanhado de Andréia Laimer (ao lado comigo e Caetano na foto abaixo), depois fomos dar uns beijos e abraços em Caetano no camarim.
O show foi basicamente o repertório do novo disco lançado em abril. Das antigas, Caetano relembrou as pérolas tropicalistas: A voz do morto e Não identificado (momento em que algumas lágrimas me caíram). Eu sou neguinha e Trem das cores estavam na lista de canções e foram momentos altos do show.
No camarim, antes de encontrar Caetano, falamos com o baterista da banda, Ricardo Dias Gomes, que nos contou um pouco da turnê que vai seguir algumas cidades brasileiras.
No bis, Força estranha (mais lágrimas em mim). No meio do show Caetano não poderia de mencionar a partida de Michael Jackson, poucas horas antes de show o mundo ficou sabendo dessa e Caetano, em momento voz e violão, logo após cantar Aquele frevo axé, composta originalmente para Gal Costa, dedilhou algumas palavras da canção Bilie Jean, em referência ao astro pop, que ele gravou em 1986.
Como sempre, um show de Caetano são momentos de catarse pura e alegre: sobretudo na companhia de pessoas amadas. Bom poder contar com umas palavras e uns abraços depois de um ídolo que irá perdurar em mim por zil anos. Desde a minha formação até o fim de minhas coisas no mundo, muito inclui Caetano. Sem exageros.
A canção Lapa, do disco novo, que já era uma bela gravação no cd, ganhou força ao vivo a meus olhos e ouvidos.
Um show que se ouve com o coração e se lê com os ouvidos.
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